(Acrópole-Atenas-Grécia)
Não devemos considerar o mito apenas uma narrativa “inocente” e que foi definitivamente superada pela Filosofia. Ao incluir elementos como a intuição e emotividade, o mito é uma forma de conhecimento válida, porém diferente daquela que chamamos racional.
Geralmente associa-se o mito à religião e acredita-se que sua força advém do fato de muitas vezes ser transmitido por um narrador que tem algum tipo de autoridade (por exemplo, um religioso). Mas deve-se lembrar que, embora durante muito tempo eles tenham se confundido, o pensamento mítico transcende o religioso. Se não fosse isso, como explicar a força com que certos mitos emergem na contemporaneidade? O mito do herói, por exemplo, costuma levar multidões ao cinema.
(Ulisses e Spiderman - heróis de ontem e hoje)
Outra prova de que o mito não é apenas um tipo de narrativa ou interpretação de mundo ultrapassado é o fato de que até hoje existe a tendência de “mitificar” os indivíduos e acontecimentos: com a ajuda da mídia, tomamos como verdadeiras certas características das pessoas ou certas explicações das coisas, sem que tenhamos exatamente uma motivação racional para isso. E os mitos criados pela cultura pop são muitos: de cantores de rock a celebridades instantâneas.
Diferentemente de uma simples crença, o mito tem uma finalidade: ajuda a definir modelos de comportamento, expressando valores comuns a uma sociedade.